Prive Contos Eróticos – Domingo de Páscoa – O Padre

 
Deixei a sacristia e caminhei em direção ao altar. A missa começara e os presentes se colocaram em pé para a primeira oração. Meus olhos temiam se voltar para a primeira fila, mas ao colocar-me diante dos fiéis na casa de Deus, lá estava ele, como sempre, todos os domingos, na última missa. Não sabia o seu nome, nem o que fazia ou onde morava. Sabia apenas que ele freqüentava a missa de minha paróquia todos os domingos e sentava-se sempre na primeira fila. Seus olhos azuis penetravam os meus todas as vezes que os encontrava e meu corpo estremecia diante dos olhos do Senhor.

Quem seria ele? O demônio a me tentar? Se era o demônio, então se tratava do mal disfarçado de anjo. Impossível não admirar aquele homem de mais ou menos quarenta anos, cabelos louros e encaracolados como o mais lindo dos arcanjos, a pele alva e sem marcas revelando a mais límpida das esculturas. Seria ele a encarnação de Davi, de Michelangelo?
Enquanto dava prosseguimento às orações daquela noite, tentando imaginar quem era ele vestindo calças jeans muito justas, camisa branca entreaberta e revelando seu tórax com poucos pêlos. Minha imaginação afoita e curiosa tentava imaginar o que havia abaixo do tórax, mas estes pensamentos demoníacos eram sumariamente barrados quando olhava para o resto da multidão a me observar. Será que estavam lendo minha mente? Será que os fiéis de minha igreja sabiam que o padre que tanto respeitavam estava sentindo a tentação ardente por aquele anjo decaído diante dele, sentado no primeiro banco da casa do Senhor?
Seja como for eu percebia seu olhar penetrante a invadir cada centímetro de meu ser. Ele sabia que eu o desejava e, pior, agia de maneira a me tentar durante todo o cerimonial, seja abrindo as pernas e revelando o volume de seu sexo escondido sob o tecido justo do jeans, seja pelo olhar a me dizer “Padre, sou um pecador!”.
 

O momento da comunhão era o mais terrível. A imensa fila de fiéis ávidos pelo corpo de Cristo era uma difícil tortura para mim. Por alguma razão própria ele era sempre o último da fila, como que para me tentar. A cada hóstia entregue aos fiéis eu olhava para o fundo da fila a imaginar quando chegaria a vez dele. Meus pensamentos eram de repulsa em relação aos demais, justo eu, oferecendo o corpo de Jesus e amaldiçoando cada um deles que me impedia de ver o anjo caído. Mas quando ele estava a cinco ou seis fiéis de mim, o medo de seu olhar me assaltava. E ao se posicionar diante de mim, seus olhos revelavam um misto de volúpia, sacrilégio, desejo, arrependimento e inocência. Sim, ele era um demônio pois tentava-me com seu olhar. Diante de mim, por várias vezes ele olhou diretamente nos meus olhos e deslizou a língua pelo lábio superior, convidando-me para um tipo de deleite que me era proibido e posicionando-a, em seguida, para receber o corpo de Cristo. De repente, despertava daquele meu terrível devaneio e encontrava seu olhar curioso esperando pelo ato da comunhão. Por mais que eu imaginasse tudo eu sabia que ele era o responsável por eu pensar tantas heresias.

Todas as missas era a mesma coisa: mal via a hora de que tudo se acabasse e ele fosse embora dali. Trancava a Igreja imediatamente após a saída do último fiel e me recolhia à sacristia para confessar meus pecados. Mas aquele demônio me perturbava de tal forma que as orações eram entrecortadas com cenas infernais e que me afundavam cada vez mais em pecado. Sempre que me lembrava daquele homem sentado diante de mim eu poderia jurar que durante a missa ele praticou gestos obscenos junto a seu sexo enquanto olhava para mim ou que de seus olhos saltavam serpentes vermelhas a desenhar sob a cúpula da Igreja a palavra “sexo”. Implorava a Deus para que me livrasse daquele demônio e chorava amargamente por sentir desejos proibidos aos olhos do Senhor.

Naquele Domingo de Páscoa eu mal esperava que a missa terminasse. Talvez meus fiéis percebessem que seu pároco havia mudado ultimamente, pois algumas beatas vieram falar-me ao fim da liturgia que estavam preocupadas comigo.

– O Senhor está doente, Padre? – perguntou-me uma delas

– O Senhor está com algum problema, Padre? – indagava a outra

– Que Deus o ilumine, Padre! – dizia a terceira

“Bastardas” – pensava comigo – “Por que não rezam para o seu Deus, o “meu” Deus para me livrar deste demônio?”

E, por mais que elas estivessem ali, preocupadas comigo, lá estava ele, caminhando em direção à saída da Igreja e, entre um passo e outro, lançando um longo olhar para mim. Seu caminhar era deliciosamente sensual e eu sabia o que era ser sensual desde que a visão deste demônio obrigou-me a viajar para uma cidade próxima onde não era conhecido e adquirir revistas de nu masculino. Durante meus anos no seminário eu cheguei a sentir desejo pecaminoso pelos futuros colegas de batina, mas jamais sonhei em tocá-los. Da mesma forma tocar algum daqueles corpos esculturais que recheavam as revistas era algo que jamais poderia conceber. E tampouco me seria permitido tocar o corpo daquele demônio a devorar-me com seus olhos.

Corri para fechar a Igreja, agradecendo porque era mais um Domingo de minha vida em que havia resistido à tentação daqueles olhos infinitamente azuis. Fechei as portas e tranquei-as, apressadamente. Estava ofegante, morrendo de calor, não pela batina em si, mas pelo fogo que ardia dentro de mim. Mas eu sabia que aquele fogo se resolveria com uma boa e demorada ducha gelada seguida de uma penitência.

Caminhei pela nave em direção ao altar. Abaixei-me e fiz a reverência ao Senhor. Quando me levantei, ouvi uma voz atrás de mim. Virei-me e lá estava ele, parado no meio da nave. Impossível descrever o que vi: o demônio parecia realmente um anjo com seu olhar doce e pacífico e pude sentir amor vindo dele.

“Será que Deus condena o Amor, mesmo vindo de um demônio?”

Permaneci estático, sem ação. Pude notar que havia uma aura azul em torno do demônio e esta aura dançava conforme ele passou a caminhar em minha direção. Estremeci.

“O demônio está vindo em minha direção!”

Ele se aproximou do altar e contornou a mesa da comunhão, vindo até mim. Seus olhos não se afastavam dos meus e ele percebeu todo o meu terror e encantamento. Parou diante de mim, o semblante sério, mas muito brilhante. Apanhou minha mão direita e afagou-a. Senti o chão se abrir. Aquele demônio estava me tocando depois de tanto tempo a me contemplar de seu lugar na assistência. Para meu total espanto e sem tirar os olhos de mim ele aproximou minha mão de seus lábios, beijando-a docemente.

– Quero lhe falar, Padre!

O som de sua voz era como um címbalo doce, com certeza mais doce do que os arranjados nas portas do paraíso pelos anjos do Senhor.

Ele continuava sério a olhar em meus olhos. Ele me hipnotizara por completo e tão perto dele pude sentir o seu perfume. Percebi, também, um pequeno reflexo sobre seu peito desnudo. Era suor e eu imaginei que gosto teria o suor de um demônio.

Meus olhos voltaram a encontrar os dele e pareciam me devorar. Sem qualquer gesto pensado ou palavra pronunciada nossas bocas se conectaram num beijo infecto, molhado e cheio de pecado. Ele me puxou contra seu corpo e seus braços me envolveram por sobre a batina. Nossas bocas não se desgrudaram por um instante sequer e eu me senti completamente dominado por aquele demônio diante do altar da casa do Senhor.

O gosto de seu beijo era melhor do que o vinho da liturgia e o gosto salgado do suor em torno de seus lábios detinha o sal que faltava ao sabor da hóstia.

Pensamentos infernais percorreram minha mente naquele instante de euforia eterna. Se o inferno era estar nos braços daquele homem, poderia haver deleite melhor do que o paraíso? E, com certeza, estar beijando aquele demônio fazia eu me sentir às portas dos céus.

Suas mãos seguravam minha cabeça com força e nossas bocas ainda se devoraram naquele beijo pecaminoso. Eu estava beijando um demônio diante dos olhos de Deus, mas o olhar enfeitiçado do Senhor dos infernos me fez esquecer aquilo. E meu espírito insistia em me dizer:

“Amar é nossa maneira de alcançar o divino”.

E eu amava aquele homem. Amei-o desde o primeiro Domingo que ele se fez presente à missa, na Quarta-feira de Cinzas daquele ano. Que estranha observação eu fizera: meu demônio amado me tentara durante toda a Quaresma e me vencera num Domingo de Páscoa. Havia gosto de heresia naquilo, mas uma estranha sensação de prazer por estar pecando me tomou por completo.

Ele continuava a beijar meus lábios com toda a fome do mundo e sua língua insistia em se degladiar com a minha. Durante os atos de confissão algumas jovens inocentemente bobas confessavam que durante o pecado da carne elas costumavam beijar com a língua e agora eu sabia a que elas estavam se referindo.

Ah, a confissão! Por tantas vezes eu absolvi amaldiçoando aqueles pecadores imundos por terem usufruído do prazer da carne e eu ali, sem poder experimentá-lo. Meninas de treze e quatorze anos revelando os atos animais praticados com primos, amigos e mesmo desconhecidos pelo simples prazer de pecar. Se soubessem quantas vezes meu sexo tornou-se rígido ao som de seus discursos cheios de volúpia e falso arrependimento!

Mas agora eu tinha a oportunidade de pecar. Sim, eu queria pecar pois aquele demônio me convidava aos mais sórdidos pecados que se poderiam imaginar. E eu o queria em meus braços naquele instante.

Em determinado momento, sua boca libertou-se da minha e ele sorriu para mim. Ele sabia que eu estava em suas mãos e eu sabia que aquele demônio havia conseguido se apossar de mim. A minha alma agora lhe pertencia e eu não podia fazer mais nada.

Suas mãos começaram a deslizar pelo meu corpo e ele começou a rasgar minha batina com violência. Senti-me todo seu e deixei que ele me libertasse daquela prisão. Sim, a batina era minha jaula de tecido e somente um demônio seria capaz de me libertar dela. Um demônio a libertar-me de meus próprios demônios. A cada ruído do tecido sendo rasgado eu me sentia cada vez mais eu mesmo.

Num instante eu estava quase que desnudo diante de meu príncipe infernal. Sentia-me completamente possuído e consumindo-me em desejo por aquele homem que ora me dominava. Esqueci-me de meus votos de castidade, dos sermões durante as missas, dos conselhos ao confessionário. Esqueci-me de que era um padre e tive certeza de que era um pecador. E senti-me um milhão de vezes melhor por ser um pecador porque eu me sentia eu mesmo, sem máscaras, sem reprimendas, sem auto-penitência.

O demônio admirou meu corpo protegido por uma cueca branca. A mesma cueca que tantas vezes eu puxava de uma maneira a produzir uma tanga e rolava em minha cama desejando ser possuído, não somente pelo espírito, mas de todas as formas que um homem encarnado pode ser possuído.

Ele apanhou minha mão e beijou-a mais uma vez, colocando-a sobre seu ombro direito. Fez o mesmo com a esquerda enquanto eu o admirava com desejo e suava às bicas, não pelo calor em si, mas por todo o instinto animal que estava despertando do meu interior. Permaneci olhando para ele, as mãos sobre seus ombros, enquanto o ouvi dizer:

– Dispa-me, Padre!

Ele falava muito pouco, mas eu entendia cada palavra sua, principalmente as mensagens emanadas de seus olhos. Aquele homem queria o meu corpo e, o que era pior, eu o queria no meu corpo.

Lentamente, levei minhas mãos até o terceiro botão de sua camisa branca, pois os dois primeiros estavam sempre abertos especialmente para me provocar. A camisa se abriu mais um pouco e o tórax foi se colocando à mostra, com alguns pêlos entre as duas mamas e que desciam mais e mais. À medida que desabotoava sua camisa eu seguia seus pêlos com os olhos pelo caminho do paraíso até o umbigo. Percebi, ao afrouxar o último botão, que o caminho de pêlos para o paraíso ia abaixo de sua cintura. Tirei sua camisa e ele sorriu, satisfeito. Admirei seu peito e adorei vê-lo suando todo para mim. Eu não tinha mais controle sobre meus atos e minha boca ordenou-me que lambesse aquele líquido antes que evaporasse. Obedeci imediatamente e enterrei minha língua em seu peito. Ele gemeu e lançou a cabeça para trás, enquanto eu sorvia cada gota daquele néctar salgado. O contato com sua pele e o cheiro dele começaram a revelar que eu próprio não passava de um demônio. Éramos dois demônios agora e, com certeza, estávamos nos deliciando em nosso próprio paraíso.

Ele começou a afagar meus cabelos enquanto eu o lambia e pus-me de joelhos diante dele. O jeans não permitia ver seu sexo crescendo, mas eu sabia o que se escondia sob aquela calça apertada. De joelhos diante dele e do altar, ergui meus olhos para o alto. Não vi a imagem do Senhor na cruz, mas sim os olhos de um demônio a sorrir-me e anunciar-me que ele estava me oferecendo o paraíso naquele momento.

Afrouxei a fivela de seu cinto e ele colocou as mãos atrás da nuca, oferecendo-se para meu deleite. Desabotoei o único botão que me separava do verdadeiro paraíso e tive uma surpresa maravilhosa: o demônio estava sem cuecas.

– Eu não uso! – murmurou ele com um sorriso demoníaco

Eu jamais havia visto aquilo ao vivo: o objeto de meu desejo apontava diretamente para meu rosto. Era enorme, com uma grande cabeça vermelha que eu só conhecia através das revistas que estavam escondidas sob o colchão de minha cama. Era repleto de veias e eu o admirei por algum tempo. Parecia que crescia mais e mais diante de meu olhar.

– É o meu corpo e a sua hóstia, Padre! – disse-me ele – Tome-a!

Olhei para ele, hipnotizado. Espasmos de desejo invadiram o meu ser e, sem retirar os olhos do demônio, aproximei minha língua da imensa lança de carne à minha frente. Toquei a ponta da língua em sua cabeça vermelha e lambi um líquido viscoso que ela expelia. O demônio estremeceu e mandou que eu continuasse.

– Isso, Padre! Toma a sua hóstia pois o vinho branco virá em seguida! Tomai e comei! Tomai e bebei o meu corpo e o meu prazer, padre!

Obedeci, sentindo-me faminto por aquele homem. Engoli sua espada de carne e eu sabia que aquela espada me conduziria ao fogo do inferno, mas eu já estava perdido há muito tempo. Era apenas uma questão de tempo para GANHAR o inferno para sempre tamanha a sordidez de meus atos.

O demônio gemia a cada movimento de minha boca em torno de seu corpo roliço e recheado de veias. Eu não tirava os olhos dos seus e ele sorria, satisfeito. Começou a movimentar o quadril, o que aumentava o vai-e-vém dentro e fora de minha boca. Comecei a me sentir extremamente vulgar e agora sabia o que sentiam as vagabundinhas que confessavam mediante falso arrependimento que seus namorados as “obrigavam a chupá-los”, achando que uma Ave-Maria e dois Padre-Nossos resolveriam a questão. Que grande mentira! Elas adoravam fazer isso, da mesma forma que eu me deliciava agora em chupar meu homem com uma fome indescritível. E o melhor de tudo é que aquele homem era somente meu, não teria de dividi-lo com ninguém!

A cada entrar e sair seu membro se tornava mais rígido e eu mal sabia o propósito daquilo. Enquanto o chupava, instintivamente, fui retirando suas calças, meias e sapatos, sem deixar de sugá-lo por um instante sequer. Comecei a perceber um lado ousado em mim e que parecia ter estado adormecido por anos. Sentia um poder felino despertando e parecia que uma pantera faminta por sexo e prazer estava finalmente se libertando.

Quanto mais eu o chupava diante do altar, mais prazer eu lhe proporcionava. Suas mãos macias afagavam meus cabelos e eu não pensava em mais nada a não ser lhe dar prazer. Lambi o suor em torno de seus testículos, enterrei minha língua em seus pêlos púbicos e senti, pela primeira vez, o sabor do líquido seminal de um espécime macho. Deus não deveria ter criado Adão e Eva, mas Adão e o demônio e Eva e a demônia, cada qual com sua metade antagônica para se deliciar nas volúpias do sexo e do prazer.

À medida que estes pensamentos me assaltavam eu sentia em meu interior que aquilo não poderia ser condenável. Por mais luxurioso que fosse o momento eu amava aquele demônio desde o primeiro dia e ele a mim, eu sabia disso.

De repente, ele me impediu de continuar chupando-o e sentou-se ao meu lado. Puxou-me com força contra ele, arrancou a última peça de tecido a esconder minha vergonha e segurou meu instrumento em suas mãos com desejo. Ele começou a crescer diante do contato daquele homem e gemi de prazer quando o demônio engoliu-o em sua boca úmida e quente.

– Meu Deus, que delícia!

Eu ousara pronunciar o nome de Deus naquele instante e um arrependimento invadiu-me, momentaneamente. Mas ao perceber a vontade insaciável de meu homem em me chupar repeli todo e qualquer pensamento de culpa ou reprovação. Aquele momento era somente meu e dele e de ninguém mais.

O demônio me chupava com uma ferocidade única. Jamais havia sido chupado por ninguém, nem mesmo por coroinhas pelos quais eu me masturbava no banheiro e agora sentia que imenso prazer eu perdi de sentir durante anos. Minhas pernas engancharam-se em torno do pescoço de meu homem, enquanto ele me chupava e me devorava com os olhos. Cheguei a sentir medo daquele olhar, como se ele planejasse muito mais do que devorar a minha alma.

Delirei de prazer e conclui que o sexo era uma forma especial de alcançar o divino. Eu estava amando aquele homem e se eu o amava eu estava perto de Deus.

Logo ele deixou de me chupar também e colocou-me de quatro, voltado de frente para o altar. Meus olhos encontraram a cruz, mas não senti vergonha. Sorri para ela porque estava realizado em pecado. E não pretendia afastar-me dele nunca mais.

O demônio aproximou sua boca do meu ouvido e começou a murmurar palavras obscenas. Comecei a me deliciar com aquilo e molhei meus lábios com a ponta da língua, ao mesmo tempo que o senti invadindo meu ânus com um de seus dedos. Senti um ardor estranho, uma mistura de dor e prazer que nunca havia sentido pois jamais praticara tal ato nem mesmo na solidão de meu aposento. Vez ou outra ele retirava o dedo de mim e me obrigava a chupá-lo, lubrificando-o com minha saliva. Por fim, o demônio enfiou dois dedos de uma única vez e me disse que eu estava “pronto”.

Eu não sabia o que ele queria dizer com aquilo, até que ele se posicionou atrás de mim e começou a forçar meu ânus com sua espada de carne. Comecei a sentir medo pois não conseguia imaginar aquela enorme tora vermelha passando pelo meu orifício anal tão apertadinho. Senti-o me dilacerando e comecei a gritar. Meus olhos se encheram de lágrimas e pude vislumbrar o altar mais uma vez à minha frente.

Aquele macho feroz começou a me comer com um apetite tamanho que achei que iria me matar. Socava com violência e penetrou-me de tal forma que sentia seus testículos batendo contra minhas nádegas. Ele me puxou pelo ombro e encostou minhas costas em seu peito, lambendo minha orelha e me dizendo palavras imundas.

– Quero você, padre…tô lhe comendo, padre…gosta de ser fodido, padre? Gosta do seu macho metendo no seu cuzinho, seu safado? Vou derramar minha porra no seu cuzinho, padre!

Quanto mais ele dizia aquelas coisas mais eu rebolava pois percebi que o rebolado dava não somente prazer a ele, mas a mim também. O demônio não queria tomar a minha alma, mas sim fundir a minha alma na sua. E eu queria aquilo mais do que qualquer outra coisa na vida. O movimento era frenético e ele bombeava com gosto enquanto eu olhava para o altar.

– Tá gostando, padre? Tá gostando da minha pica no seu cu imundo? Quero você, padre! Vou lhe comer, padre…vou lhe fazer gozar aqui no altar…vamos gozar juntos, padre. Eu e você, padre, gozando no altar, ouviu? Vou derramar porra no seu corpo! Quero você, padre, quero lhe foder, quero gozar em você, quero um beijo seu, padre! Padre, eu o amo…eu o quero pra mim, padre!

Ele arfava como um cachorro ofegante e dizia estas delícias em meu ouvido. Delirei de prazer enquanto ele arremetia mais e mais. De repente, ele mudou de posição, deitando-se de costas para o altar e obrigando-me a sentar sobre ele. Novamente os meus olhos encontraram a cruz, a única testemunha de meu pecado. Haveria pecado mais delicioso do que aquele cometido justamente diante dos olhos de Deus?

Sentei em seu cacete e o mesmo ardor inicial se repetiu. Ao invés de reclamar, passei a ponta da língua sobre os lábios, umedecendo-os e voltei a rebolar sobre o demônio, que se contorcia de prazer. Ele me queria cada vez mais sórdido e eu queria dar este capricho a ele. Ser dele, somente dele, dentro da própria Igreja.

Ele gemia muito enquanto eu aprendia rápido como um macho cavalga seu homem. Passei a molhar a ponta de meus dedos com minha saliva e umedecer os mamilos de meu homem, os quais estavam muito rígidos. O demônio adorou aquilo e me comia com seus olhos.

– Me coma, demônio! – murmurei – Come o seu padre para que possamos gozar juntos no paraíso!

– Vai, Padre, rebola gostoso em cima de seu macho…você sempre quis esta pica, agora rebola! Beba o meu vinho branco assim que gozá-lo especialmente para a nossa liturgia!

Ele me fez sair de cima dele e colocou-me novamente de joelhos diante dele. Permaneci com a boca aberta pois sabia o que ele pretendia enquanto massageava seu membro rígido e úmido. Não demorou muito e ele urrou como um animal, ao mesmo tempo que um jato de porra quente escapou de seu pênis e atingiu-me o rosto. Mirei minha boca e o deixar gozar dentro dela. Não permiti que nenhuma gota fosse desperdiçada e engoli seu cacete melado pelo delicioso vinho branco. O gosto salgado fez-me desejar que o vinho da liturgia tivesse aquele gosto em todas as missas: gosto de porra quente.

Depois de alguns segundos, ele se abaixou e me deitou novamente, deixando-me apoiado de costas sobre os cotovelos. Abocanhou meu cacete rígido e envolveu-o num banho delicioso de saliva que me fez delirar. Gozei imediatamente, tamanho o meu tesão e ele bebeu meu leite branco com vontade. Logo ele estava sobre mim, olhando-me nos olhos com os lábios melados pela minha própria porra. Sorriu e me beijou, misturando nossos sabores. Senti a consumação de minha perdição naquele beijo repleto de pecado. Seria ele realmente o demônio?

Descansamos por alguns minutos e trocamos juras de amor. Ele não me disse nada sobre ele, pois o momento era mágico e permitia apenas que nos amássemos. Passamos a noite toda trepando como animais e jamais me senti tão amado aos olhos de Deus.

No Domingo seguinte, pela primeira vez em muitos anos, estava feliz por rezar a última missa do dia. Entrei rapidamente e corri para o altar para saldar os fiéis. Mas meu coração se entristeceu: ele não estava lá! Procurei-o na multidão enquanto aplicava o sermão e esperei-o durante a fila para a comunhão. Pensei em seu gozo e no seu membro rígido enquanto bebia o vinho e engolia a hóstia da liturgia.

Passaram-se vários domingos, mas ele nunca mais apareceu. Eu o esperava faminto, doido para pecar e havia comprado apetrechos na cidade vizinha e os usava sob a batina, esperando que ele os descobrisse, mas o demônio nunca mais voltou. E eu sequer sabia o seu nome pois quando transamos eu o sentia apenas como o próprio diabo.

Meu coração seguiu triste, até que, NUMA Segunda-feira, ele bateu mais forte. Era a terceira vez que aquele rapaz moreno de cabelos ondulados, vestindo jeans e camiseta se sentava no mesmo lugar onde o meu demônio preferido costumava se sentar. Seus olhos verdes me devoravam durante a missa e eu percebia o volume sob o jeans apertado enquanto falava diante do altar. Vez ou outra ele sorria para mim e fazia questão de beijar a minha mão depois de entregar-lhe a hóstia entre os lábios carnudos, mais carnudos que o fruto proibido. Finalmente concluí o que tinha acontecido: ele voltara, com outra forma. Era um outro corpo, mas ele voltara para mim. Naquele mesma noite, tornei a pecar nos braços daquele novo corpo.

De tempos em tempos o demônio volta a me possuir, cada vez mais lindo, mais sexy, mais potente, mais insaciável.

E cada vez eu o amo mais…
Fonte
casadamaite

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